terça-feira, 22 de maio de 2007

ÓPERA NO CINEMA






Cinema em Burbank, Califórnia
Fotos Met Opera - Divulgação



Não, não é mais uma grande ópera filmada por um diretor de cinema. O título é no sentido literal: nos últimos cinco meses, algumas das melhores montagens do Metropolitan Opera, de Nova Iorque, têm sido transmitidas simultaneamente em dezenas de cinema dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Suécia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra e Japão. Em breve chegarão à França, Itália, Bélgica, Áustria e Espanha. O sucesso é retumbante. Em dezembro de 2006, a “Flauta Mágica”, de Mozart, atingiu 21.000 pessoas em 98 salas; em abril passado, “O Trítico”, de Puccini, foi visto por 48.000 pessoas, em 248 salas. Os outros títulos são “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini; “Eugene Onegin”, de Tchaikovsky; a estréia mundial de “O Primeiro Imperador”, de Tan Dun; e “ I Puritani”, de Bellini.

Peter Gelb, o competente diretor da casa, conta que o público total foi de 800.000 expectadores, gerando um lucro (palavra quase desconhecida no mundo da ópera) de 3 milhões de dólares. Mas ele destaca que os maiores ganhos são o crescimento da procura de ingressos para as apresentações ao vivo, o entusiasmo dos técnicos e elencos da companhia e o aumento considerável do público de ópera como um todo. Companhias de Miami, Paris e Londres já planejam lançar suas produções e a venda de ingressos, cds e dvds nas cidades onde as transmissões foram transmitidas, dispararam.

O mesmo fenômeno aconteceu quando, nos anos 30, as récitas dos domingos começaram a ser transmitidas ao vivo pelo rádio e, na década de 50, pela televisão.

Não existe arte velha. O que elas exigem são permanente atualização tecnológica de realização e acesso. O MET sempre liderou este processo.

Nenhum comentário: